Wednesday, May 23, 2007

ESCADA...


Ruido...?!!!!


Texto meu
Desenho João

Monólogo


- é, aqui estou eu...e mais uma vez terei que decidir...se é a ultima vez que decido ou não. Vc não deve está entendendo nada, se perguntando “o que um sujeito esta fazendo em cima do telhado de uma casa com essa cara de besta?”, é, tem um cara em cima do telhado com cara de besta...esse cara sou eu! E te retruco essa pergunta com outra pergunta. O que vc acha que eu devo fazer em cima desse telhado. Pq neste momento não sei mais o que estou fazendo aqui, (pausa) se fosse a uns 5 minutinhos atrás, a certeza dessa resposta seria uma força motriz, e nada seria mais absoluto do que minha resposta. Mais agora não, agora não sei ao certo. (pausa) ...Calma, sei que vc não esta entendendo, vou explicar melhor. A pouco minha TV saiu do ar, não minha TV, é claro! O canal que estava assistindo e completamente envolvido saiu do ar, e puto, resolvi ver o que estava acontecendo. Daí veio a idéia de subir ao telhado, ver a antena da tv...Simples, né. Beirando o banal. Peguei uma escada velha, coloquei apoiada no beiral do telhado, aqui...próximo. e subi, mais ao subir, as coisas mudaram de figura. Percebi que estando mais auto que eu mesmo poderia estar, fiquei pequeno, vulnerável, e comecei a perceber que o mundo estava me engolindo...me mastigando aos poucos enquanto subia os degraus, pra finalmente me engolir completamente quando estivesse no topo. Tudo ficou irremediavelmente pequeno. A TV, a minha casa, minha família, meu cachorro, minha conta bancaria, meu emprego...tudo era absolutamente desnecessário. Daqui vejo o muro que me separa do vizinho, o vizinho ai do lado, gente boa! Será que ele já subiu para concertar antena da casa dele? E como será que ele se sentiu, vivo ele continua, vi ele mais cedo. Mais continuando, eu estava sendo engolido pelo mundo, e talvez a única salvação dessa tragédia seria me jogando daqui. E ai surge o grande questionamento, concerto a TV ou me jogo daqui. E pior nem sei se vou morrer se me jogar, afinal, minha casa é térrea, vou quebrar um braço, uma costela...talvez fique paraplégico...a não ser que eu me jogue de cabeça naquela parte ali...ali concretada, ai vou ter uma chance muito boa de rachar meu crânio. Não vou desperdiçar esse pequeno pedaço de concreto, de jeito nenhum. Mais o programa que eu estava vendo? Será que terminou? Cara....tava hipnotizado, só uma fina, tênue linha entre minha visão e a TV, nos prediam, numa simbiotica relação de poder. Cara, adoro esse programa...muito bom, será que esta passando intervalo? E o mundo será que ira me poupar se eu der uma pausa e for ver apenas o resto do programa, juro que volto e me jogo mais tarde...juro! mais deixa eu ir concertar essa tv antes que acabe o programa...depois dele acabar o mundo pode acabar também.

IDEA FIXA


TEMPO DE DIVERSÃO


JACQUES TATI

Filme jóia, que expõe a forma de se divertir, de morar, circular e trabalhar, em um época pós industrial.
As neuroses e a sensação de deslocamento é exposto a todo momento, o filme oferece paisagens rasgadas com grandes edifícios envidraçados que não denuncia sua função, pode ser um hospital, um aeroporto. E esse novo que é uma “tendência” é oferecido a um grupo de turistas, onde esse novo, em processo de contaminação em toda a cidade, é recebido com euforia e festa.
Um momento ótimo que expõe a neurose da adequação das novas tecnologias ao cotidiano é uma porta que não faz barulho a ser fechada, que contrasta com a figura do vendedor, sujeito que vende essa nova “maravilha” aos gritos. Assim como elementos arquitetônicos clássicos é subjugados, como uma coluna grega que na verdade é uma engenhosa lixeira.
As casas vitrines mostra uma nova relação família/casa, aspecto de colméia, casa maquina em que os moradores, com engrenagens, repetem movimentos, objetivam iguais ações, assistem tv e são assistidas pelos pedestres, gerando um ciclo voyeristico.

Tuesday, May 01, 2007

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