Monday, August 28, 2006
Friday, August 25, 2006
Fabia!!!!!
Pra que se embaraçar, em um mundo, em uma rede de tantos...muitos! ser você, representar um risco, um perigo intenso e necessário para que tudo seja afirmado e composto ao seu redor...então pra que medo? pra que se mostrar mais que se deve, e menos que gostaria, pra que se mostrar ou se esconder...todas respostas moram nas entrelinhas! Se vc me faz sentir mais vivo, e conseqüentemente mais louco, isso que nos torna únicos no meio de uma multidão sonora que percorre nossa volta. A cidade passa a ser apenas extensões de nossos corpos/sensações, medimos as distancias a partir da distancia que existe entre nos, que não é uma distancia física, é fluida, leve como nossas conversas que começam de alguma coisa e sempre termina num nada delicioso....pra que tentar entender, se apenas estamos aqui para celebrarmos algos e instantes. Transcender a todo instante...nos merecemos!!! Merecemos muitas doses, muitas doses para inundarmos de nos mesmos!!!!!
Tosco
Wednesday, August 23, 2006
Onde se perdeu alguma coisa....!!!!
E ai aconteceu o seguinte fui tomar um ar lá fora e tudo se sucedeu...la que eu vi que o acontecido...estava eu ali...logo ali ao lado daquela arvore mais baixa, encostado no muro onde ta pixado, aquela pixação estranha patrocinada pela prefeitura...esse é o cenário apenas modificado pelo tempo, é engraçado com a luz do dia, o fluxo de pessoas, os carros e os pequenos troços que o vento levam mudam o lugar, mais muda pouco, tem coisas que são mais fixas, são mais concretas....decifrar o que aconteceu teria que remontar todos os fragmentos que estava impregnado na cena, que só mora agora aqui....na minha cabeça, na minha memória...é complicado...mais continuando, tava ali, e vi quando aconteceu...as pessoas envolvidas, a forma que elas se comunicavam sem palavras e a forma que tudo girava em torno delas...falavam sem articular palavras...somente gestos e movimentos bruscos, tudo rápido, rapidinho como não se quer que nada seja modificado, como se todos eles achassem que quanto menos tempo eles fizessem...menos interferências no lugar e na memória de algum passante seria depositado...como se aquele instante transformasse em um fragmento como um daqueles troços que teimavam em flutuar com o vento, e ninguém lembra de coisas pequenas coisas flutuando....isso deve ser algo que diminui a culpa...uma pressa calculada como se os edifícios parte do cenário fosse também testemunhas já que pertenciam a eles a esse instante deles....e como possivelmente fosse pensado e certamente comemorado por conseguir o tempo que sera que foi cúmplice... mais foi de forma cruel ele fez com que todos pontos fluidos desse momento se completassem e a mim foi oferecido esse momento como espectador....pouco tenho a complementar...foi apenas isso ai!!!!!!!!!!
Sunday, August 20, 2006
Saturday, August 19, 2006
Alcoolicas - Hilda Hilst
É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Alcoólicas - I)
* * *
Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d'água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.
(Alcoólicas - II)
* * *
E bebendo, Vida, recusamos o sólido
O nodoso, a friez-armadilha
De algum rosto sóbrio, certa voz
Que se amplia, certo olhar que condena
O nosso olhar gasoso: então, bebendo?
E respondemos lassas lérias letícias
O lusco das lagartixas, o lustrino
Das quilhas, barcas, gaivotas, drenos
E afasta-se de nós o sólido de fechado cenho.
Rejubilam-se nossas coronárias. Rejubilo-me
Na noite navegada, e rio, rio, e remendo
Meu casaco rosso tecido de açucena.
Se dedutiva e líquida, a Vida é plena.
(Alcoólicas - IV)
* * *
Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.
(Alcoólicas - V)
Thursday, August 17, 2006
REVISTA RUIDO
RUIDO PRA OUVIR
RUIDO PARA LER
RUIDO PARA MORAR
RUIDO PARA BEBER
RUIDO PARA MONTAR
RUIDO PARA OCULTAR
RUIDO PARA CONTRARIAR
RUIDO PARA ENCENAR
RUIDO PARA FINGIR
RUIDO PARA TRANSGREDIR
RUIDO PARA EXTERNAR
RUIDO PARA DEIXA PRA LÁ
RUIDO PARA TALVEZ
RUIDO PARA IMPREGNAR
RUIDO PARA CRESCER
RUIDO PARA DESCONSTRUIR
RUIDO PARA VENDER
RUIDO PARA DOBRAR
RUIDO PARA LAMBER
RUIDO PARA SACIAR
RUIDO PARA GUARDAR
RUIDO PARA LEMBRAR
RUIDO DE ALGUEM
....RUIDO DE ALGUM LUGAR!!!!!!!!
Monday, August 14, 2006
Thursday, August 10, 2006
Escadas
A percepção do impacto e interferência que as escadas causam no espaço urbano, foi um dos partidos que impulsionaram o desenvolvimento deste trabalho. Como o tema do seminário aborda a relação da Arte-Cidade, nosso enfoque foi a sua relação com a cidade Salvador, onde a morfologia permite uma multiplicidade de escadas.
Através da experiência cotidiana de percorrer a cidade percebemos a escada como modificado da paisagem urbana. Verificamos a dualidade entre a racionalidade rígida das construções planejadas, e as espontâneas construções populares que se confundem e muitas vezes são formadas por elementos naturais pré-existentes.
As escadas construídas deste modo podem estabelecer uma relação de mimese quando acompanha a topografia e em outra vezes uma relação de oposição a paisagem, com formas sinuosas, sensuais, duras e as vezes brutas. Essas escadas são mais fragmentadas, desconstruidas e possuem uma leitura de mimese mais acentuada que a escada projetada.
As escadas também podem ser lidas como registros dos usos de diversos materiais e tecnologia das épocas que foram construídas. Um testemunho físico do tempo.
São também elementos de sinalização. Onde há uma nova escada, há um novo território a ser desvendado. As escadas fazem com que os territórios sejam unidos, rompendo barreiras naturais e tornam espaços distintos, unificados. A transformação cultural pode ser canalizada por escadas, sem elas teríamos muitos núcleos culturais mais preservados e homogêneos.
Em uma outra leitura, as escadas podem exercem uma relação de distorção do espaço. Essa distorção acontece quando dois espaços separados verticalmente - distintos por essa polaridade vertical – tornam-se homogeneizados. A sensação é parecida com a que se tem ao subir andares de um edifício por um elevador. Perde-se a noção da verticalidade.
Todo esse questionamento tem razão por existir, pelo fascínio que nos faz sentir ao percorrer com o olhar a paisagem modificada, transformada por “escadas cortes”, fendas nos morros, que se abrem e se articulam as artérias, as ruas, os becos, as casas e barracos.
Jr! - JP
Monday, August 07, 2006
Sunday, August 06, 2006
Thursday, August 03, 2006
Mais Enea: Oficina Brennand
...a arquitetura se mostra resultado, substancia pura da arte...uma viagem subversiva onde o sexo e a infância se complementam, se fundem e se corroem, num alusão ao inicio da vida...Celebração do ciclo da vida, texturas, formas e pontos de fugas levam ao sacrifício sensorial, orgia e conto....onde nasce a arquitetura? e onde morre a arte?
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