Monday, July 31, 2006

ENEA - 2006





ENEA 2006

ENEA 2006

Mostra de Cartoons e Caricaturas que rolou em recife....joia!!!!!!

Friday, July 21, 2006

D.F.










S.P







Wednesday, July 19, 2006

A leitura luminosa do território urbano visto através da Tv.


Programa de Auditório, Leblon vizinho, Revista de filosofia, Favela maquina de violência, Apresentadoras infantis louras, Cenários aluminados, Musica e suas sombras, Telejornais e Trigêmeos, Filmes dublados vozes iguais, Vende-se almas, tênis e pasta de dentes, Margarina é o real segredo da felicidade assim como as Universidades Particulares, Cultura nas embalagens descartáveis de bombons e balas, Sexo inibido e protestado, Política com símbolos/marcas de alto consumo, Piadas metalingüísticas, Massa de pizza e família completa, Morte e Cerveja e o estado, Cerveja e a gostosa e o morto piadista, Copa no chinelo verde amarelo em promoção, Sorriso e entrevistas oferecidas a granel, Saúde é a resposta final para todos os questionamentos filosóficos...a cidade brilha em falsos sentimentos e todas as tragédias mundiais é consumida em massa. Cores que desevendam uma nudez...obscenos gestos que são ampliados pelos tubos, que através de pontos e bombas de luzes...mostram o que não somos, nem o que queremos ser, mostra o que apenas desejamos consumir...

Monday, July 17, 2006

Vertigem Cerebral 2 apresenta:


DIALOGO

- Eu sou uma colher, uma colher esbelta não disponível, o que vc pretende comigo?
- Juro que não quero te usar....não te usaria para comer, isso seria muito cruel!
- sei, sei.
- Porque vc não acredita em mim, vim de tão longe, para buscar alguém que pudesse me compreender, tudo fica tão difícil quando vc não acredita nas minhas palavras, tudo bem que agente só se conhece a alguns minutos, sempre fico no compartimento do lado, a espera do acaso de me colocarem junto a vcs...a vc.
- é que estou cansada...cansada de ser usada, subestimada, toda minha existência foi ser usada....sou um peça, um objeto servil...uma puta que enfiam em qualquer lugar..não me respeitam...não acredito em vc...não acredito em ninguém.
- ..mais vc pode ser feliz, nos podemos fugir, eu tenho um plano. So depende de vc..
- um plano?
- sim, um plano...

E neste instante uma imensa mão abre a gaveta, e pega uma faca de lá. E todo o plano é interrompido assim como as promessas de amor.

Saturday, July 15, 2006

Familia....é isso ai!!!!!!


Hoje...Ianei chegou lá de Porto, e Arthur já tá grande e começando a falar...

Essa tal de Pós-modernidade...?






”Eu não sou da sua rua,Eu não falo a sua língua,Minha vida é diferente da sua.Estou aqui de passagem.Esse mundo não éSeu, esse mundo não é seu”
(Arnaldo Antunes – Branco Mello)

“Torna-se agora necessário passar para um território mais avançado de metáforas: é possível afirmar que estamos vivendo uma fase na qual os velhos modelos se tornam cada vez mais obsoletos, no sentido de terem exaurido o seu impulso construtivo de comunicar convincentemente algo aos respectivos referentes sociológicos e na qual os novos modelos ainda não estão bem delineados. Nesta perspectiva, um enfoque etnográfico à comunicação que se aventure nos territórios de outras disciplinas deve se apresentar e declarar-se como uma antropologia da dissolução. A solidez evanescente do velho modo de produção e dos seus produtos sucedeu a cultura visual, mais sutil e “dissolvente”, produto Maximo da cultura pós-industrial que a cidade transforma em pós-moderna.”
(Massimo Canevacci – A Cidade Polifônica – Pág. 32)

“A cidade transformada em labirinto – ele continua a caminhar -, ruas que já não sabe mais onde vão dar, pessoas que não falam a sua língua. Não ha fuga, não há escape deste circulo. Por outro lado, uma realidade que, sendo sua, tem de aceitar.”
(Sonia Coutinho – Atire em Sofia – Pág. 85)

Friday, July 14, 2006

Vertigem Cerebral apresenta:


PERTO
...meu rim e meus ouvidos

Um dia alguém chegou e perguntou bem de perto, o que é que eu queria? E porque continuava ali, afinal tudo era maior que estar ali. Eu não respondi nada.
Mais essa pergunta passou a me atormentar, e me fazer não sentir que o aqui é seguro, o aqui é uma extensão de mim, perdi raiz.
E pra que isso? Por que fez isso comigo?
E tudo pareceu mais distante sem instabilidade, Deus não existiu mais.
E esse alguém sumiu, mais poderia ser aquele que esta em pé, perto do poste, olhando parado para um tempo que não é meu, nem dele.
Ele poderia ser qualquer um, e é. Ele atormenta nos meus sonhos com suas indagações, perguntas, dilemas, e sempre ri no final, como se essa alegria fosse a força pra ele continuar a estar em todos lugares, onde estou, onde ando.
Fugir é o meu rumo, porque não? Mais não quero fugir, atrás de uma liberdade que não existe alem da própria palavra bonita que soa, ela é mais miserável do que o “alguém” que me atormenta.
Quero fugir, em sonhos, onde a minha estabilidade se desmancha em cores e sons. Quero apenas enlouquecer todo dia, e nem saber as horas.
Quero depois disso tudo, quero paredes, construções, pessoas, e carros...quero livros e letras neles. Quero lâmpadas florescentes, e cama com lençóis, televisão e microondas, musica...quero muita musica, musica com batata frita e poesia....comer musica ouvindo o som da batata frita.
E correr, vou correr sem querer me esconder, vou correr para sentir que meus braços e minhas pernas por pequenos instantes desaparecem a custo dos meus movimentos rápidos. Vou querer sumir, evaporar, desaparecer, desintegrar. Pra saber se realmente existo. Provar ser um nada incrível.
Depois vou querer inverter meu tecido, vou querer expor minhas vísceras e ver o que tudo que há dentro de mim, e oferecer a todos na rua, pegar meu rim, e ver o quanto é macio e viscoso.
E aquele alguém que não vai mais me perseguir porque ele não terá mais tempo, se cansará e irá exausto fugir nos seus sonhos. Sonhos como meu só que ele não voltará. Ele viverá lá na espera de quando eu voltar a enlouquecer. E quando novamente eu ir ao balcão, ele novamente poderá povoar meus devaneios.

vem congresso ai....





exatamente daqui a uma semana estarei viajando para Recife, onde rolará mais um Enea, e como sempre ja estou prevendo o quanto vou sofrer...sadismo talvez, por que é obvio que muita coisa vai dar errado...principalmente no que diz a respeito das condições sanitarias que irão disponibilizar...os conteiners, que merda é aquilo! mais muitas outras coisas vão compensar essa maluquice...vi a lista das oficinas, e tem algumas coisas bem interessantes, como a já tradicional "de bar em bar"... Além de todos os possiveis problemas sanitarios, a galera da organização praticamente pede para não participamos, pois nos "alerta" que há grandissima possibilidade de percebemos bem diretamente porque a cidade é uma das mais violentas (cuidado com os crachás tem lá no site) e se quiser fugir de lá a nado...coitado! estará lá os tubarões loucos para complementar seus cardápios com comida Baiana, Mineira... vamo vê no que dá essa doidera...claro que não vou perder...ja to com minha barraca (uma daquelas azul e amarelas que absolutamente todo mundo tem, e dependendo do teor alcoolico que eu estiver no sangue, vou precisar seriamente de uma orientação mais eficaz)...




Aqui começo....

...dessa deriva internetica, arbitrariamento vou tentar colocar fragmentos, pequenas e grandes sensações que me rondam...